Dados da CIAS (Central de Inteligência de Aves e Suínos), vinculada a Embrapa, mostram que, em julho de 2022, o ICPSuíno (Índice de Custo de Produção) subiu 2,82% em comparação a junho, fechando em 431,75 pontos. Já o ICPFrango voltou a cair, desta vez 0,36%, encerrando o sétimo mês do ano em 421,99 pontos.

De acordo com a instituição, as despesas de suínos aumentaram por conta de duas modificações. A primeira está relacionada à migração do preço do transporte de alimentos do item ‘transportes’ para o item ‘alimentação’ (antes se considerava estes itens de despesas à parte um do outro, sendo que no item transportes estavam incluídas as despesas com o traslado de dejetos, animais e alimentos). Já a segunda foi a atualização do valor dos investimentos imobilizados em edificações e equipamentos, os quais impactaram os custos fixos (depreciação e custo do capital).

Assim, o custo total de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina passou de R$ 7,34 em junho para R$ 7,55 em julho. Nos primeiros seis meses do ano, o ICPSuíno acumula alta de 7,80% e, nos últimos 12 meses, 6,24%.

Frango

A mudança no valor dos investimentos não foi exclusividade da suinocultura. A produção de frangos de corte também registrou alterações no valor dos investimentos imobilizados. Mas, o impacto nos custos totais foi de menor proporção quando comparado à atividade suinícola.

Assim, mesmo com a atualização dos valores investidos em aviários para a produção de frangos de corte, o ICPFrango de julho foi menor em relação ao de junho (-0,36%). Essa deflação no índice de custo de produção de frangos foi influenciada principalmente pela diminuição nas despesas com a alimentação das aves, cuja variação foi de -1,86%.

O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva, reduziu R$ 0,02 em julho com relação a junho, chegando aos R$ 5,45. De janeiro até julho, o ICPFrango acumula alta de 4,58% e, nos últimos 12 meses, uma variação de 5,29%.

Com informações e fotos da Embrapa