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Agronegócio

CPI do MST vai apurar quem financiou invasões, diz Frente Parlamentar da Agropecuária

CPI do MST vai apurar quem financiou invasões, diz Frente Parlamentar da Agropecuária

Membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) afirmaram nesta terça-feira (25) que o principal objetivo da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do MST será investigar a origem de possíveis financiamentos de movimentos agrários, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A comissão, que deve ser instalada na Câmara dos Deputados ainda nesta semana, vai apurar ações recentes desses grupos.

“Não é barato e não é fácil fazer uma mobilização tão forte e tão grande quanto essas que fizeram no Carnaval e agora, no mês de abril. Precisamos saber quem está pagando essa conta e se há participação do Estado brasileiro”, disse o presidente da FPA, o deputado federal Pedro Lupion (PP).

No encontro, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), argumentou que existe a necessidade de maior flexibilidade do Conselho Nacional de Justiça para a reintegração de posse. “Quando veio a pandemia, o Conselho Nacional de Justiça baixou uma resolução criando uma burocracia para que houvesse a reintegração de posse. É um problema nacional, que muitas vezes tem dificultado a ação do Poder Executivo”, afirmou.

Os governadores Ronaldo Caiado (União), de Goiás, e Mauro Mendes (União), do Mato Grosso, o vice-governador de Rondônia, Sérgio Gonçalves (União), e representantes do Rio Grande do Sul e do Tocantins também participaram da reunião.

A frente debateu ainda a segurança pública dos estados e a regularização fundiária, diante das invasões de terras no Brasil. Segundo o presidente da FPA, os parlamentares demonstraram ser contrários às ocupações de propriedades privadas.

Invasões de terras
Em 2023, ao menos 11 projetos de lei foram apresentados à Câmara dos Deputados com o objetivo de endurecer as punições de invasores de terras. Neste ano, foram registradas 13 ocupações coletivas, o que ultrapassa os 11 casos no primeiro ano de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Um dos projetos, de autoria do deputado federal Delegado Caveira (PL), sugere tipificar como ato terrorista a invasão de propriedades. A regra valeria para ocupações rurais e urbanas, de bens públicos ou particulares.

O grupo mais atuante pela bandeira da reforma agrária é o MST. Em 27 de fevereiro, o movimento invadiu três fazendas de eucalipto na Bahia. O grupo permaneceu no local até 7 de março. No dia seguinte, integrantes do MST também invadiram prédios públicos no Pará, no Piauí e no Rio Grande do Sul.

2009
Uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar repasses federais a entidades ligadas ao MST chegou a ser criada durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2009. Na época, o relator Jilmar Tatto (PT) concluiu que não havia irregularidades.

A CPMI foi criada por um requerimento da então senadora Kátia Abreu (PP). A comissão era composta de 33 senadores (18 titulares e 15 suplentes) e 36 deputados federais (18 titulares e 18 suplentes).

R7


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