No Paraná, o mercado também se encontra em ritmo lento - Foto: Canva
Conforme dados da TF Agroeconômica, os preços dos negócios de trigo à vista apresentaram um leve recuo, refletindo a apatia do mercado local. Os moinhos, bem abastecidos, concentram-se no fechamento do mês antes de retomarem as compras, um movimento que tem sido caracterizado por margens de moagem muito apertadas. Essa pressão sobre as margens sugere a necessidade de alternativas, como o uso do mercado futuro, uma solução destacada pela consultoria para otimizar os resultados em um cenário de baixa rentabilidade.

Em Santa Catarina, a situação do mercado de trigo se mantém estável, com os moinhos locais alongando seus estoques devido à fraca demanda por farinha e às dificuldades econômicas que tornam o abastecimento menos viável. Nesse contexto, o trigo da safra velha do Rio Grande do Sul tem se mostrado a opção mais barata, conforme indicado pelas tabelas de preços, e os moinhos catarinenses têm se abastecido no estado vizinho, enquanto aguardam a chegada da nova safra do Paraná e do próprio Rio Grande do Sul, que deve renovar os estoques e oferecer alternativas econômicas mais viáveis para os próximos meses.

No Paraná, o mercado também se encontra em ritmo lento, tanto para a safra velha quanto para a nova. A recente alta do dólar elevou o preço de alguns lotes da safra velha para R$ 1.700,00 FOB, mas a resistência dos compradores em pagar mais do que R$ 1.600,00 tem travado as negociações. Além disso, há preocupações crescentes com possíveis geadas que poderiam afetar a safra nova, adicionando um elemento de incerteza ao já volátil cenário do mercado de trigo.

AGROLINK - Leonardo Gottems
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