Agronegócio
Como proteger a lavoura em tempos de seca
Estresse térmico é um problema
A ausência de palha na superfície do solo, como nas áreas afetadas por queimadas recentes, intensifica o estresse térmico - Foto: Dirceu Gassen
Com o avanço da safra 2024/25 e o fim do vazio sanitário, produtores enfrentam o desafio de clima seco e altas temperaturas, especialmente no Brasil Central. Esse cenário exige estratégias agronômicas cuidadosas para minimizar riscos e evitar perdas de produtividade. Leonardo Furlani, da DigiFarmz, destaca que a escolha de sementes de qualidade e o manejo estratégico são essenciais. Ele recomenda práticas como adaptação da semeadura para evitar replantio, que pode aumentar custos em mais de 10%.
Nesse cenário, Furlani sugere o fracionamento da área de plantio, onde parte da lavoura é semeada em condições secas, enquanto a outra é reservada para a chegada das chuvas, diminuindo riscos. No entanto, adiar o plantio pode comprometer a segunda safra, e plantar "no pó" também prejudica o desenvolvimento das plantas. Segundo Furlani, cada decisão deve ser personalizada para as condições específicas da área de cultivo.
A ausência de palha na superfície do solo, como nas áreas afetadas por queimadas recentes, intensifica o estresse térmico e prejudica a lavoura, já que a palha ajuda a reter umidade e a proteger o solo da evaporação, o que é crucial em anos de seca prolongada. Embora não seja possível corrigir essa falha para a safra atual, o agrônomo destaca que essa é uma lição importante para futuras safras. Decisões estratégicas no plantio e manejo, como fracionar o plantio, manter a cobertura do solo com palha e, em alguns casos, utilizar bioestimulantes, são fundamentais para minimizar os impactos climáticos e garantir uma colheita mais lucrativa.
Agrolink - Leonardo Gottems
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