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Agronegócio

Como o clima de fevereiro impacta as principais regiões produtoras de grãos?

Chuvas generalizadas favoreceram lavouras

Redação com informações da Conab | Agrofy News


Nas primeiras semanas de fevereiro, houve chuvas generalizadas em praticamente todas as regiões produtoras favorecendo as lavouras.

Essas precipitações contribuíram para a recuperação e a manutenção do armazenamento hídrico no solo, inclusive em parte do Semiárido do Nordeste, e possibilitaram o início da semeadura de segunda safra de milho e feijão.

As informações são do Boletim de Monitoramento Agrícola, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na última quinta-feira (dia 22).

Maiores volumes
Os maiores volumes ocorreram no Centro-Norte do país, com destaque para áreas do Amazonas, Pará, Mato Grosso e de partes do Matopiba (que engloba parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Os menores índices foram registrados em Roraima e em áreas do Semiárido nordestino.

Na região Norte-Nordeste, acumulados semanais superiores a 50 mm garantiram o armazenamento hídrico no solo necessário para a semeadura e o desenvolvimento das lavouras em, praticamente, todas as áreas produtoras do Pará, Rondônia e do Matopiba.

Nas demais áreas, as chuvas se intensificaram a partir da segunda semana do mês, estendendo-se pelo Semiárido. Nota-se uma melhora nos índices de umidade no solo, com condições favoráveis para a semeadura e o desenvolvimento das lavouras na maior parte da região.

Centro-Oeste
Na região Centro-Oeste, os maiores volumes de chuva foram registrados em áreas de Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal.

No geral, as precipitações foram regulares e bem distribuídas, favorecendo os cultivos de primeira safra em estágios reprodutivos e em colheita, além da semeadura e desenvolvimento da segunda safra.

As chuvas mantiveram o armazenamento hídrico no solo satisfatório na maioria das áreas, com exceção de Mato Grosso do Sul, onde os menores acumulados de chuva e as altas temperaturas causaram restrição em parte das lavouras.

Sudeste
Na região Sudeste, destacam-se as chuvas ocorridas em Minas Gerais e São Paulo, que mantiveram a umidade no solo em níveis favoráveis ao desenvolvimento das lavouras na maioria das áreas produtoras.

No entanto, em São Paulo, há áreas onde a média diária do armazenamento hídrico no solo foi menor, devido à irregularidade das chuvas e às altas temperaturas. Somente na terceira semana do mês, as chuvas se intensificaram, elevando o índice de umidade no solo e favorecendo o desenvolvimento das lavouras.

E o Sul?
Na região Sul, as chuvas foram irregulares e mal distribuídas. Há áreas com pouca ou nenhuma precipitação observada na primeira e na segunda semana do mês.

Somente no último período, as chuvas se intensificaram, cobrindo a maior parte das regiões produtoras. No entanto, devido à umidade disponível no solo, as condições foram favoráveis para o manejo e o desenvolvimento das lavouras na maioria das áreas.

No Sudoeste e Sudeste do Rio Grande do Sul, onde predomina o cultivo de arroz irrigado, o menor índice de precipitação favoreceu as lavouras, mas restringiu o desenvolvimento dos cultivos de sequeiro.

Umidade do solo
O Boletim aponta também que, no geral, a umidade do solo se manteve em bons níveis para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos, com exceção de algumas áreas na região Nordeste e nos estados de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.

De acordo com análise espectral, destacam-se as anomalias negativas em função da antecipação do ciclo fenológico da soja em algumas regiões.

Houve redução do Índice de Vegetação (IV) devido à maturação e colheita da leguminosa no Centro-Oeste, Sudeste e no Paraná.

Já no Rio Grande do Sul o Índice está em ascensão, acima das safras anteriores, com uma pequena desaceleração no último período, devido à irregularidade das chuvas.

Publicado mensalmente, o BMA é resultado da colaboração entre Conab, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de agentes colaboradores que contribuem com dados pesquisados em campo. 

Página:

https://portalghf.com.br/noticia/agronegcio/2024/02/26/como-o-clima-de-fevereiro-impacta-as-principais-regies-produtoras-de-gros/17929.html