No Paraná, moinhos continuam adquirindo trigo do Rio Grande do Sul - Foto: Divulgação

Segundo a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul segue com movimentações lentas e seletivas, enquanto a colheita alcança aproximadamente 42% da área total plantada. Alguns moinhos de fora do estado realizaram compras pontuais, enquanto os locais permanecem ausentes ou buscando apenas trigo de qualidade superior, com preços entre R$ 1.200,00 e R$ 1.250,00. Negociações envolvendo o Paraná indicam valores de R$ 1.000,00 a R$ 1.050,00, embora os custos de frete ainda sejam elevados.

No segmento de trigo para ração, não houve novos negócios reportados. As indústrias têm indicado preços entre R$ 980,00 e R$ 1.000,00 para trigo "feed" com pagamento em 35 dias após a entrega, enquanto no porto os valores são de R$ 1.140,00 sobre rodas para entrega em janeiro. Para o mercado de exportação, o preço futuro do trigo "milling" se mantém em R$ 1.305,00, também com pagamento previsto para janeiro.

Em Santa Catarina, os moinhos ainda recorrem a estoques no Rio Grande do Sul e no Paraná, devido aos preços mais competitivos no Sudoeste paranaense, em torno de R$ 1.400 FOB. Os preços pagos diretamente aos produtores variam de R$ 72,00 a R$ 77,00 por saca, dependendo da localidade. A baixa venda de farinhas e os preços pressionados no mercado também dificultam o fluxo de compra de grãos pelos moinhos catarinenses.

No Paraná, moinhos continuam adquirindo trigo do Rio Grande do Sul e de fornecedores locais, além de compras no Paraguai. Os negócios esporádicos para trigo-pão situam-se em torno de R$ 1.450 FOB no Norte do estado, com alguns vendedores pedindo até R$ 1.500, e R$ 1.800 para o trigo branqueador. A situação climática preocupa, especialmente no Sul, onde chuvas intensas podem impactar a colheita.

Agrolink - Leonardo Gottems
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