Portal GHF

Agronegócio

Comissão de Agricultura coloca Incra na mira devido aumento de invasões de terra

Audiência pública vai debater ações do órgão no combate, além das soluções para impedir ocupações irregulares

O aumento de invasões de terra no Brasil está na mira da  Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado (CRA).

Nesta quarta-feira (dia 19), às 14h, o CRA realiza audiência pública interativa para debater as ações do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no combate à invasão ilegal de terras, além das soluções para impedir ocupações irregulares.

Presidente da Comissão, o senador Alan Rick (União-AC) aponta o aumento das invasões de terra no Brasil e defende a adoção de medidas para a pacificação no campo. Ele é o presidente da CRA.

Segundo Alan Rick, o Brasil registrou um grande aumento de invasões de terra em 2023 e, em 2024 e até o momento, já se registram mais invasões do que em todo o ano de 2022.

“A invasão de terras é crime e não constitui meio legítimo de pressão ou luta pela reforma agrária. Por isso deve ser combatida fortemente, principalmente pelo Incra, órgão responsável por colocar em prática as ações que asseguram a oportunidade de acesso à propriedade da terra. É importante que a atuação dos escritórios regionais nesse combate seja exposta, bem como sejam explicados, com dados do órgão, o porquê da invasão de terras ter aumentado significativamente pelo país”, explica.

“Além disso, é necessário que se busquem medidas para a pacificação no campo, para se evitar que conflitos armados aconteçam de forma violenta entre os envolvidos”, argumenta Alan Rick em seu requerimento (REQ 14/2024-CRA).

Convidados
O debate contará com as participações de:

César Fernando Schiavon Aldrighi, presidente do Incra;
Moisés Savian, secretário de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA);
José Henrique Bernardes, assessor técnico da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);
Fabrício Morais Rosa, diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil);
Francisco Graziano, ex-presidente do Incra e ex-secretário de Agricultura de São Paulo (ele deverá participar por videoconferência).
Como participar?
O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal eâ??Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo.

Ministro da Agricultura será ouvido na Câmara
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados convocou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para falar sobre os estoques públicos de arroz e a necessidade de importar o produto.

O debate será realizado às 10 horas, no plenário 6, a pedido dos deputados Marcos Pollon (PL-MS), Afonso Hamm (PP-RS) e José Medeiros (PL-MT).

Leilão

O governo federal anunciou inicialmente a compra de mais de 100 mil toneladas de arroz importado, respondendo à alta nos preços causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

O leilão acabou anulado na semana passada após indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras. O governo já anunciou que pretende fazer um novo leilão.

Safra colhida
Para Marcos Pollon, essa importação é uma interferência no mercado interno. "Não temos a necessidade de importação de qualquer produto agrícola, pois a perda de produção do Rio Grande do Sul não afeta o consumo interno", afirma o deputado. Segundo ele, os produtores gaúchos já colheram toda a safra e que não há necessidade de importar.

"Está clara a intenção do atual governo em usar a tragédia vivida pelos moradores do Rio Grande do Sul para ganhos politiqueiros", criticou Pollon.

Essa também é a opinião de Afonso Hamm. "Não se pode aceitar a medida de importação de arroz, quando somente o Rio Grande do Sul tem mais de 10,5 milhões de toneladas de grãos produzidos, o que garante uma previsão de abastecimento de 12 meses."

"Se o governo busca uma baixa no preço do arroz, ainda que tal ação possa ser artificial, que compre o estoque brasileiro e subsidie o preço", acrescentou o parlamentar.

José Medeiros também critica a decisão do governo. "O, quando visa realizar a importação de quantidades massivas de arroz de qualidade e de origem duvidosa do estrangeiro."

redação com informações da Agência Senado | Agrofy News

Página:

https://portalghf.com.br/noticia/agronegcio/2024/06/18/comisso-de-agricultura-coloca-incra-na-mira-devido-aumento-de-invases-de-terra/19884.html