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Agronegócio

Com projeto de R$ 100 mil, produtora do RS aposta em feijão e em mais soja com agricultura irrigada

Beatriz Facco, de 29 anos, será beneficiada pelo governo do RS em programa de irrigação

Beatriz Facco, de 29 anos, faz parte da terceira geração da família que atua na propriedade. (Foto - Julia Chagas/Seapi)

Com 29 anos, a produtora rural Beatriz Facco faz parte da terceira geração da família que atua na propriedade localizada em Rincão da Invernadinha, no município de Pinhal Grande, no Rio Grande do Sul. 

Hoje, as principais culturas semeadas em cerca de 300 hectares do local são a soja, o milho, o trigo e a aveia, além da criação de bovinos de corte. Lá, ela trabalha na lavoura ao lado do pai Belmiro José Facco.

Agora, Beatriz Facco se prepara para uma nova etapa, passar a cultivar feijão. Ela atuará em uma nova cultura graças a um projeto de irrigação da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), do Rio Grande do Sul.

Ela foi escolhida com a primeira Declaração de Enquadramento da etapa dois da subvenção de projetos de irrigação emitida pela Seapi. A produtora apresentou um projeto de irrigação por aspersão (pivô central) e será beneficiada pelo governo do Rio Grande do Sul com R$ 100 mil.

A propriedade não possui nenhum tipo de sistema de irrigação e o projeto escolhido prevê a irrigação de uma área de 21 hectares, conjugado com um projeto de reservatório consolidado com área alagada de 2,15 hectares.

Com a instalação do pivô, o feijão passará a também ser cultivado.

“Esse vai ser o primeiro projeto que estamos montando e acredito que tendo a irrigação na propriedade conseguimos uma estabilidade melhor na nossa produção. O Supera Estiagem está nos dando um apoio, porque nesses últimos anos sofremos severamente com a estiagem e esse programa vai agregar em questão de produtos que desenvolvemos na lavoura”, destaca Beatriz,

Mais soja na atual safra

Segundo Beatriz, nesta safra, a estimativa é uma colheita de 60 a 65 sacas de soja por hectare. “Mas, com a irrigação, com certeza, a tendência é aumentar, podendo ficar entre 70 e 80 sacas, pois conseguiremos fornecer para a planta a água na hora que ela precisar.  Então ela não vai sofrer o estresse hídrico e, assim, terá uma produtividade melhor”, acrescenta Beatriz.

Outros dois produtores rurais de Bagé, na região Sul, também receberam a Declaração de Enquadramento dos seus projetos de irrigação.

Ambos receberão o benefício de R$ 100 mil do governo do Estado, após a instalação do sistema que consta no projeto técnico, que soma mais 85 hectares irrigados futuramente. Além desses, outros oito projetos estão em análise pela área técnica da Seapi.

Programa de irrigação
O programa do Estado custeará 20% do projeto de irrigação, limitado a R$ 100 mil por beneficiário. Essa é mais uma ação dentro do Supera Estiagem, que busca mitigar os efeitos da seca no Rio Grande do Sul, aumentar a reservação de água e a irrigação e, consequentemente, elevar a produtividade das culturas.

A ação é destinada a todos os produtores rurais (pessoas físicas) de pequeno, médio ou grande porte, e vai possibilitar projetos de implantação ou ampliação de sistemas de irrigação (por aspersão, localizada ou por sulcos) e de construção, adequação ou ampliação de reservatórios de água para fins de irrigação.

O titular da Seapi, Giovani Feltes, destaca a facilidade de entendimento das regras do programa por parte dos produtores, o que ajuda a aumentar a área irrigada do Estado, que é o principal objetivo da ação.

 “A irrigação é um assunto que precisa ser permanente e não ser pensado apenas em épocas de estiagem. Porque aumentar a área irrigada nas lavouras gaúchas é estratégico para diminuir a importação de grãos pelo Rio Grande do Sul. Por isso, a meta do governo é atingir, em até quatro anos, mais 100 mil hectares de área irrigada no Estado”, detalha Feltes.

O Estado pagará a subvenção ao produtor rural em parcela única, após a execução do projeto (que pode ser financiado por instituições bancárias, cooperativas ou com recursos próprios) e a apresentação de laudos de conclusão, além dos demais documentos comprobatórios exigidos no edital.

Por redação com informações da assessoria de imprensa | Agrofy News

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