A Confederação Nacional da Indústria (CNI) expressou descontentamento com a recente decisão da rede de supermercados Carrefour de interromper a compra de carne de produtores dos países que compõem o Mercosul. A CNI considera essa medida protecionista não apenas injustificada, mas também prejudicial aos produtores do bloco, que têm demonstrado comprometimento com altos padrões de qualidade e sustentabilidade em suas produções.

O Mercosul é reconhecido como um dos líderes globais na exportação de carne, incluindo carne de frango, bovina e suína. Os produtos oriundos dos países sul-americanos são enviados para mercados exigentes, como Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido, China e Japão, onde a qualidade e a excelência são essenciais. Diante disso, a CNI refuta a alegação de que os produtos do bloco não atendem aos critérios e normas do mercado francês, considerando-a infundada.

Além disso, essa decisão do Carrefour contrasta com as iniciativas recentes do governo francês, que busca fortalecer as relações comerciais com o Mercosul. Para a CNI, essa ação representa um retrocesso nas relações internacionais e uma ameaça ao diálogo construtivo entre os blocos.

Em sua declaração, a CNI reiterou a solidariedade a entidades e associações que representam a cadeia produtiva do agronegócio e a agroindústria. A confederação alerta que essa decisão pode não apenas impactar negativamente empresas eficientes e competitivas, mas também incentivar práticas protecionistas que poderiam resultar em danos às economias locais. O aumento de custos e a redução da empregabilidade são consequências que podem ser esperadas, afetando diretamente a segurança alimentar global e a capacidade de atender à demanda crescente por produtos alimentícios.

A CNI conclui a manifestação chamando a atenção da direção do Carrefour na França para que reavalie essa decisão, que pode trazer repercussões significativas para a dinâmica comercial entre o Mercosul e o mercado europeu. A busca por uma relação comercial justa e equilibrada é essencial para garantir a continuidade do crescimento e da competitividade da indústria e do agronegócio na região.

Fonte: CNI