A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) elaborou um Sumário Executivo do “China Agricultural Outlook 2023-2032”, documento que traz perspectivas dos principais produtos agrícolas produzidos pelo país asiático para os próximos dez anos.

O “China Agricultural Outlook” é resultado da 10ª Edição da Conferência sobre as Perspectivas Agrícolas da China 2023 realizada em abril deste ano, em Pequim. Além de apresentar as tendências de produção, consumo e importação, o documento reflete as estratégias da política agrícola chinesa nas décadas seguintes.

“Mantendo as perspectivas do ano anterior, a estratégia chinesa segue uma tendência de redução na dependência externa, buscando aumentar a produção de importantes commodities como a soja. Por esse motivo é importante que acompanhemos com cuidado estes movimentos, para evitar surpresas negativas no médio e longo prazo”, afirmou o assessor de Relações Internacionais da CNA, Pedro Rodrigues.

A elaboração do sumário, feita por meio do escritório internacional da CNA em Xangai, destaca os resultados de áreas de cultivo, o fornecimento e armazenamento de variedades de sementes, a previsão das importações e o consumo de 20 produtos como grãos, algodão, oleaginosas, açúcar, legumes, frutas, proteína animal, ovos, lácteos, produtos aquáticos e rações.

Segundo o documento, a área cultivada de grãos será expandida até 2032 para 120 milhões de hectares, dos quais 100 milhões serão dedicados ao cultivo de cereais e 13,4 milhões de hectares para o cultivo de soja. A estimativa para importação é de uma queda de cerca de 16%.

Em relação à importação de proteína animal, a tendência estimada para o período de 2022 a 2032 mostra um aumento no início e uma queda em seguida. O volume de importação em 2023 deve registrar 6,45 milhões de toneladas, um aumento de 5,2% comparado a 2022.

Para a carne bovina, a China estima crescimento nas importações. Em 2023, o volume deve alcançar 2,75 milhões de toneladas. Já em 2032, as importações de carne bovina serão de 3,13 milhões de toneladas, um aumento de 31,8% em relação à base de previsão.

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