O atraso na semeadura da soja empurrou o cronograma para frente - Foto: Pixabay

A região conhecida como MATOPIBAPA, abrangendo o sul do Maranhão, Tocantins, sul do Piauí, oeste da Bahia e sul do Pará, está enfrentando desafios significativos na temporada agrícola devido à escassez de chuvas durante o período crucial de plantio da soja. Esse fenômeno está impactando diretamente o fluxo normal da colheita e gerando apreensão entre os agricultores locais.

De acordo com Fabiano Ramalho, especialista em mercado agrícola da Agronorte, aproximadamente 25% da safra já foi colhida, porém, os agricultores estão enfrentando dificuldades para avançar no ritmo desejado devido às condições climáticas desfavoráveis. O atraso na semeadura da soja empurrou o cronograma para frente, impactando diretamente o início do cultivo do milho safrinha, o que está deixando os produtores inquietos, já que precisam liberar as áreas para o plantio do milho dentro de prazos determinados.

Segundo dados levantados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em fevereiro, a produção de soja na região do MATOPIBAPA está prevista para ser 500 mil toneladas menor do que na safra anterior, totalizando 22,4 milhões de toneladas. Além disso, o milho de verão também sofreu uma redução significativa, perdendo 1,9 milhão de toneladas em relação à safra anterior, com uma colheita estimada em 5,3 milhões de toneladas, conforme o mesmo relatório.

Apesar dos desafios enfrentados, a Agronorte mantém seus planos de originação na região, demonstrando confiança no potencial de crescimento da agricultura no MATOPIBAPA. A empresa planeja armazenar aproximadamente 120 mil toneladas de grãos em 2024, contando com suas unidades de armazenamento em Pedro Afonso (TO) e Açailândia (MA), recentemente adquirida.

AGROLINK - Leonardo Gottems

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