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Agronegócio

Chuva diminui focos de incêndio na Argentina, diz governo

Até o momento, segundo estimativas oficiais, cerca de 800 mil hectares foram atingidos por incêndios na Argentina

De acordo com a agência oficial de informações do governo da Argentina, os focos de incêndio diminuíram em Corrientes, neste domingo (20), depois de chuvas atingirem algumas regiões da província, que faz divisa com o Rio Grande do Sul, no Brasil.

Até o momento, segundo estimativas oficiais, quase 10% da província, cerca de 800 mil hectares, foram atingidos por incêndios. A Associação de Produtores de Coninagro estima que já se perderam 70 mil cabeças de gado.

Segundo o secretário de Coordenação Militar de Atendimento Emergencial do Ministério da Defesa da Nação, Roberto Corti, a partir desta semana, chuvas mais intensas devem conter os incêndios rurais em Corrientes.

“Esperamos que o clima continue nos acompanhando”, disse o governador de Corrientes, Gustavo Valdés, que neste domingo esteve na cidade de Santo Tomé, na costa do rio Uruguai, onde trabalham bombeiros de Córdoba, Buenos Aires e Brasil.

Valdés agradeceu as contribuições recebidas tanto do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, quanto do senador Luis Carlos Heinze, do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e do prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto. “Obrigado (…) por nos ajudar com vários recursos para enfrentar os incêndios”, disse Valdés no Twitter.

 

Prejuízos

Produtores florestais, pecuaristas, ervanários, rizicultores, citricultores, apicultores, grandes, médios, pequenos e agricultores familiares, resumem a passagem do fogo como “catástrofe”, “tragédia “, “dor”, “desamparo” e “desesperança”.

“É uma catástrofe da natureza, não sei se as pessoas conseguem entender. Os estuários estão queimando, há evacuações, muito prejuízo na produção, tristeza e desespero”, disse Pablo Sánchez, presidente da Associação de Sociedades Rurais de Corrientes.

Por outro lado, em relação ao impacto na arborização, o último relatório do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), menciona que 31.265 hectares de florestas cultivadas foram queimados e o vice-presidente da Associação do Plano Estratégico Florestal, Juan Ramón Sotelo, disse que as perdas são “multimilionárias”.

Para coordenar as ações para mitigar a catástrofe, o governo argentino e provincial estabeleceram um centro conjunto de comando e controle que funciona no Ministério de Segurança de Corrientes.

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