As chuvas que caem neste mês de janeiro estão limitando os trabalhos de semeadura do algodão e do milho em Mato Grosso. Até o dia 20, haviam sido semeados 25,47% da área destinada para a fibra e 2,22% para o cereal.

O principal fator que está limitando o avanço do plantio das duas culturas no estado é a colheita da soja, que vem enfrentando devido ao alto volume de chuva registrado nesse período.

O ritmo com os trabalhos nas lavouras de milho segunda safra preocupa os produtores mato-grossense diante da janela ideal de plantio. Ao se comparar com o ciclo 2021/22 há um atraso de 7,49 pontos percentuais. Na temporada passada 9,71% da área estava semeada nesta época, traz o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Já ao se analisar a média dos últimos cinco anos, os trabalhos registram uma média de 7,48% da área.

Dentre as regiões mato-grossenses que plantam milho a norte é a mais avançada com os trabalhos e 6,2% da área. O médio-norte, principal produtor do estado, 3,41% da sua área já recebeu as sementes.

Já o noroeste 2,89%, o oeste 1,45%, o centro-sul 1,48%, enquanto o nordeste e sudeste 0,51% de suas respectivas áreas.

Algodão segunda safra em ritmo lento
Ao se comparar com a safra 2021/22, conforme o Imea, os trabalhos nas lavouras de algodão estão 14,98 pontos percentuais atrasados. Nesta época 40,45% da área estava semeada com a fibra. A média para os últimos cinco anos é de 38,53% da área semeada.

“Esse ritmo mais lento no plantio da fibra ocorre, principalmente, por causa dos registros de chuva na maior parte das regiões do estado, o que tem desacelerado a colheita da soja e consequentemente impactado na semeadura do algodão de segunda safra (que correspondem a 87,01% da área total do algodão mato-grossense)”, destacou o Imea em seu boletim semanal do algodão divulgado no dia 16.

Até o dia 20 de janeiro, as regiões nordeste e sudestes eram as mais avançadas com a semeadura do algodão com 47,42% e 41,3% respectivamente. Já o médio-norte 21,71% e o noroeste 20,8%. Oeste e centro-sul plantaram 17,59% e 16,25% de suas áreas.

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