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Agronegócio

"China seguirá demandando carne bovina do Brasil nos próximos anos"

Segundo analista de mercado, ainda há uma lacuna deixada pelo déficit na produção de carne suína no país asiático

O ano de 2021 foi agitado para o mercado do boi gordo. Se por um lado as exportações de carne bovina tiveram um bom desempenho em 2021, o pecuarista teve que lidar com alguns desafios, como o encarecimento dos custos de produção e a proibição dos embarques para a China, principal importador, após dois casos atípicos do ‘mal da vaca louca’.

Segundo o analista de mercado Hyberville Neto, havia uma dúvida de como o mercado reagiria este ano após três temperadas de alta na arroba do boi gordo e forte demanda da China.

“O mercado iniciou 2021 com força, preços mais altos e veio firme até o segundo semestre até a detecção dos casos do ‘mal da vaca louca’. Com a proibição das vendas para a China vimos a arroba passar de R$ 320 para 250 R$, cenário que foi corroborado com a redução dos animais no confinamento”, destaca o analista.

 

Após o fim do embargo chinês, Neto diz que o Brasil deve estar pronto para atender a demanda chinesa, que vai seguir forte para o ano que vem. “Nós podemos ter perdido a janela ideal de exportação, mas ainda há uma lacuna deixada pelo déficit na produção de carne suína e o Brasil deve aproveitar e mandar o máximo de carne bovina para aquele mercado. Talvez em menores níveis, mas a demanda pelas três principais proteínas seguirá elevada nos próximos anos”, reforça.

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