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Ceará avança com o maior impacto de hidrogênio verde do Brasil

A produção de hidrogênio Verde no Brasil atrai a atenção de multinacionais, o país já anunciou mais de 30 bilhões de dólares em projetos e possui um potencial técnico para produzir 1,8 GH toneladas por ano.

A produção de hidrogênio Verde no Brasil atrai a atenção de multinacionais, o país já anunciou mais de 30 bilhões de dólares em projetos e possui um potencial técnico para produzir 1,8 GH toneladas por ano. Para colocar em prática essa produção, o Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação aprovou o maior projeto de produção desse combustível limpo: a iniciativa prevê investimento de R$17 bilhões, com capacidade de produção de até 2,1 GH watts na segunda fase.

“O que faltava era termos projetos privados que queiram implantar indústria para poder usar a matéria-prima que o estado do Ceará tem abundância que são três: vento, sol e, o que eu considero o maior ativo do nosso Estado, o capital humano, que é o cearense. Essas três coisas são matéria prima e mão de obra qualificada. Vento e sol em abundância para essa indústria do hidrogênio verde, porque isso é a matéria-prima para poder usar a água, quebrar a molécula da água e produzir o hidrogênio com o Selo Verde. Só tem o selo verde se vier de fonte renovável, no caso, a nossa fonte renovável é o sol e o vento”, afirma Fábio Feijó, presidente da Zonas de Processamento de Exportação Pecém.

A previsão é que o projeto gere mais de 9 mil postos de trabalho diretos e indiretos. A fase de implementação deve começar em outubro deste ano e o início das operações está previsto para agosto de 2028.

O cenário externo é favorável porque o hidrogênio passou a ser visto não mais como um simples combustível, mas como a solução para descarbonização da economia mundial, também chamada de transformação energética. O hidrogênio verde como combustível já é uma realidade em países como Estados Unidos, Rússia, China, França e Alemanha. Sendo assim, uma alternativa sustentável para reduzir as emissões de CO2.

Para o especialista Ernesto Chagas, ainda há desafios significativos a serem enfrentados no Brasil até a sua implementação.

“Precisa-se desenvolver os mercados para o uso desse hidrogênio verde. Do ponto de vista de produção, a produção já é bem conhecida, é claro que sempre tem muitas coisas que se pode melhorar, mas a produção de hidrogênio verde é comercial. Tem muitos desafios, no meu no meu ponto de vista, na outra ponta, porque temos muitas possibilidades de uso de hidrogênio verde, mas elas precisam ser desenvolvidas”, aponta Chagas.

Página:

https://portalghf.com.br/noticia/agronegcio/2024/10/14/cear-avana-com-o-maior-impacto-de-hidrognio-verde-do-brasil/22033.html