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Agronegócio

Carne de frango: mercado mundial dá sinais de recuperação, diz Rabobank

Em relatório relativo ao quarto trimestre de 2021, o banco diz que a recuperação no mercado da proteína só não acontece no sudeste asiático

Em relatório relativo ao quarto trimestre de 2021, o Rabobank sinaliza que o mercado global de carne de frango vem mostrando sinais de recuperação na maioria das regiões, com exceção do sudeste asiático, onde os casos de Covid-19, puxados pela variante Delta, ainda trazem desafios ao setor.

Segundo o Rabobank, o comércio global teve uma forte recuperação no segundo trimestre de 2021, com os negócios atingindo patamares históricos. O Brasil e os EUA foram os que mais se beneficiaram com o forte comércio, enquanto as exportações da Europa, Rússia e Ucrânia caíram devido à influenza aviária e à desaceleração nas importações chinesas.

Segundo análise do banco, grande parte das regiões produtoras está se beneficiando com o aumento da demanda, na medida que as economias dos países estão voltando a reabrir, em meio a um cenário de oferta restrita. Esse é o caso dos países das Américas, como Estados Unidos e México, onde a lucratividade das indústrias melhorou, bem como da Rússia e do Japão.

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As perspectivas globais para o quarto trimestre do ano são positivas, em meio ao cenário de demanda contínua e de oferta restrita, com os preços das rações ficando relativamente estáveis, mesmo em patamares altos, e com novos aumentos no comércio impulsionados pela recuperação do segmento de foodservice.

Por outro lado, o Rabobank alerta que alguns países enfrentam preocupações com a inflação dos alimentos. Para o banco holandês, um curinga para as perspectivas do setor continua sendo a Covid-19. Dependendo de como a doença se desenvolve, pode sacudir os mercados e impactar o fornecimento para alguns lugares mais frágeis, como a Europa e o Sudeste Asiático.

O relatório sinaliza que o crescimento da oferta no segundo semestre poderá ser restrito em muitas regiões por questões de disponibilidade de mão-de-obra, que estão afetando especialmente a produção nos Estados Unidos, Reino Unido e Tailândia. Além disso, os riscos contínuos da influenza aviária e os altos preços dos alimentos voltados à alimentação animal podem seguir afetando o fornecimento em todo o mundo.

De modo geral, o banco entende que os preços das rações devem ficar relativamente estáveis, com algum aumento nos preços do trigo, devido à disponibilidade mais fraca na União Europeia e na Rússia. Os preços do farelo de soja, por outro lado, vêm caindo devido ao racionamento da demanda.

Abaixo um resumo das observações feitas por analistas do Rabobank para alguns dos principais países que atuam no comercio internacional de carne de frango.

Carne de frango nos Estados Unidos
O Rabobank destaca que o país vem tendo uma forte lucratividade, com uma forte demanda no mercado local e no cenário internacional, e preços elevados. O cenário de oferta deve ter um crescimento limitado, devido à questões de mão de obra trabalhista, afetando a produtividade.

Europa
O banco destaca que houve uma melhora no mercado europeu de carne de frango no primeiro semestre, embora as perspectivas ainda sejam frágeis por fatores envolvendo questões trabalhistas no Reino Unidos que trazem um desafio à oferta. A produção de carne de frango da UE está se recuperando após a queda no primeiro semestre, mas um crescimento bem equilibrado da oferta será fundamental ao setor na segunda metade do ano.

Brasil
O país registrou forte crescimento do consumo local de carne de frango com as ajudas financeiras feitas pelo governo. Os volumes de exportação aumentaram 6% e a produção 7% no segundo trimestre deste ano. O cenário de alta nos alimentos continua como um ponto de atenção, muito embora a alta de preços tenha compensado um aumento dos custos no segundo trimestre.

China
O país está apresentando um ponto de equilíbrio, embora haja preocupações com o excesso de oferta. A indústria de frangos de corte tem se beneficiado com algumas restrições no mercado e os preços do frango vivo subiram 10%, apesar da queda registrada nos preços da carne suína. O segmento de foodservice segue apresentando fraqueza, o que fez com que as importações de pés e asas de frango recuasse 30%.

 

Página:

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