O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), usou as redes sociais para denunciar uma invasão promovida pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) na fazenda São Lukas, em Hidrolândia (GO). De acordo com Caiado, a ação criminosa tem autorização do governo federal e do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

“Ontem pela manhã fui surpreendido com a notícia de que o Incra havia autorizado uma invasão de terra, através da reocupação de uma área rural”, afirma.

Ainda conforme o governador, em março deste ano ocorreu uma tentativa de invasão na mesma propriedade, mas que foi impedida pelas forças de segurança do estado que fizeram a desocupação “de forma pacífica e organizada”.

“Agora, por incrível que pareça, a invasão foi autorizada e, como se trata de uma área de propriedade do Incra, do Governo Federal, não há o que fazer.Entretanto, faço questão de informar que as áreas públicas e particulares no Estado de Goiás não sofrerão invasão. Em Goiás, continuará prevalecendo a ordem e o princípio do direito à propriedade privada”, disse Caiado.

Por fim, Ronaldo Caiado pondera que a reforma agrária tem que ser feita dentro da lei, com um planejamento que permita às famílias assentadas produzirem com qualidade, garantindo assim seu sustento.

“Invasões como essa autorizada pelo Incra e o Governo Federal não resolvem o problema, não asseguram renda digna às famílias que lá estão. Servem muito mais para fomentar a desordem”, protestou o governador.

Caiado destacou que não há nada o que fazer para desarticular a ocupação da fazenda porque a propriedade não está sob a jurisdição de Goiás.

“Faço questão de informar que as áreas públicas e particulares no estado de Goiás não sofrerão invasão. Em Goiás, continuará prevalecendo a ordem e o princípio do direito à propriedade privada”, garantiu.

Entenda a invasão
Na madrugada da última segunda-feira (25), cerca de 600 famílias pertencentes ao MST ocuparam a Fazenda São Lukas, com a justificativa de que a propriedade era de um grupo criminoso investigado pela Polícia Federal e condenado em 2009 por crimes relacionados à exploração sexual e tráfico internacional de pessoas.

O MST diz que a invasão é para chamar a atenção do governo federal para a situação da propriedade, que pertence à União desde 2016.

Foto de Capa: Divulgação/MST-GO