A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) trouxe uma boa notícia para o Brasil após ir até a China em comitiva liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

Segundo o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, o Brasil não tem mais nenhum obstáculo para exportar uva para o mercado chinês. De acordo com ele, foram finalizadas as tratativas referentes aos acordos fitossanitários com a China, aguardando apenas o anúncio oficial para o início das exportações de uva brasileira.

“O governo chinês e o governo brasileiro, através dos Ministérios da Agricultura, confirmaram que não há mais nenhuma barreira fitossanitária para mandar uvas para a China. Isso é uma vitória enorme para nós. Os fruticultores brasileiros terão acesso a um mercado formado por 1 bilhão e 300 milhões de pessoas”, disse em entrevista ao programa ao programa Nossa Voz.

Segundo ele, um navio começará a operar em julho, ligando o Porto de Suape, em Pernambuco, Salvador e China para transportar uva para o continente asiático.

“Vamos ter um novo navio que começa a operar em julho, fazendo a rota Suape-Salvador-China em 33 dias. Esse tempo é razoável e permite que nossas uvas cheguem com qualidade.”

Modelo EUA
Para exportar a fruta para o mercado chinês, Coelho revelou que será usada a mesma logística utilizada para a comercialização da uva com os Estados Unidos.

Para embrque para os EUA, o Brasil possui certificação fitossanitária e as frutas passam por um tratamento de 14 dias para verificar a presença de doenças, o que será feito com a China

Segundo Coelho, o tratamento de 14 dias para garantir que não há doenças ou fungos é feito durante o transporte. “Assim economizamos tempo e custos. A China quer implementar um procedimento similar, o que facilita bastante nossa logística.”

Atualmente, cerca de 70% de toda fruta que o Brasil exporta vai para a União Europeia.

“Não podemos depender apenas desse mercado. Por isso, estamos sempre buscando novas oportunidades. Estamos trabalhando para abrir mercados para mangas e outras frutas em outros países. Precisamos diversificar nossas exportações para garantir o crescimento sustentável do setor.”

Fabio Frattini Manzini
Agrofy News
repórter freelancer