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Agronegócio

Brasil adota medidas para evitar a PSA

O retorno da doença ao país pode causar prejuízos de US$ 5,5 bilhões no primeiro ano

O Brasil acendeu o alerta para a Peste Suína Africana (PSA). A doença está erradicada no país desde 1970 mas os casos recentes na República Dominicana, país da América Central, fizeram com que autoridades, pesquisadores e produtores voltassem o foco novamente para essa doença.


A estimativa é que a volta da PSA poderia causar prejuízos diários de U$S 5,5 bilhões. “Esse dado foi calculado no impacto econômico da introdução da PSA nos Estados Unidos, que estimou em 16,5 bilhões de dólares no primeiro ano de surto, e no número de matrizes suínas em ambos os países”, explicou a pesquisadora da Embrapa Janice Zanella, virologista da área de suínos. 

A doença é altamente infecciosa e contagiosa entre os suínos. Não tem cura, não tem vacina e não tem tratamento, levando a morte do rebanho. Ela não é transmitida ao homem. Algumas medidas foram adotadas de forma a formar uma barreira para a entrada. Veja abaixo as orientações:

Orientações aos cidadãos em geral:

•    Não trazer produtos de origem animal de viagens ao exterior. Eles podem trazer não somente a PSA, mas outras enfermidades que acometem rebanhos ou mesmo a saúde humana.
•    Não trazer produtos de caça, especialmente suídeos asselvajados (javalis, catetos...) e não caçar em países acometidos pela PSA.

 

 

Orientações ao produtor:

•    Evitar visitas à granja e monitorar todos os visitantes cumprindo todos os protocolos de sanidade.
•    Reportar às autoridades sanitárias quaisquer alterações consideradas importantes nos animais: doenças hemorrágicas, mortes suspeitas.
•    Atenção à alimentação dos animais evitando que comam restos de alimentação humana, especialmente se contiver carne suína.
•    Combater o transporte ilegal de animais, sempre sujeito a riscos sanitários.
•    Seguir as leis, normas e recomendações de biosseguridade e investir nessa área a fim de manter as instalações seguras 

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Estima-se que 78% dos rebanhos suínos mundiais já tenham risco de contaminação endêmica pela PSA. No Brasil as carnes trazem aproximadamente U$S 15 bilhões de dólares de divisas, que exporta hoje 23% da carne suína produzida. O Brasil se mantém fora dessa lista de países endêmicos e os pesquisadores frisam que essa condição se deve ao avanço da biosseguridade da suinocultura brasileira, tanto nas granjas, como nas medidas adotadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a importação de animais ou seus produtos e derivados para evitar a entrada de doenças. Além disso, os sistemas de vigilância e controle da saúde animal são atuantes e estruturados, muito diferente de 1978 quando a doença chegou ao Brasil. O país tem ainda um Plano de Contingência Sanitária para o caso de identificação de suspeita de surto para Peste Suína Africana, além de inspeção ante e post mortem nos frigoríficos.

Página:

https://portalghf.com.br/noticia/agronegcio/2021/11/09/brasil-adota-medidas-para-evitar-a-psa/4873.html