A arroba do boi gordo completou 11 dias de alta consecutivas e rompeu a barreira dos R$ 310 ontem (dia 24), segundo o indicador do Cepea.

Após alta de 45% desde junho, a cotação de R$ 312,75 é a maior dos últimos 25 meses (desde setembro de 2022).

Clima, consumo interno com aumento da massa salarial e do emprego formal, exportações e até mesmo a “saída das vacas” das escalas de abate contribuem para as altas.

O resultado será impacto no IPCA, churrascos mais caros e provável substituição para outras proteínas como aves e suínos.

Segundo Safras & Mercados, Apesar dos preços sustentados, o movimento tem se tornado menos agressivo, mas ainda com viés de alta.

As escalas de abate seguem na pior posição da atual temporada, exigindo elevação dos preços pagos pelas indústrias na compra de gado, em especial da indústria exportadora.

Confira o preço da arroba bovina nas principais praças do Brasil:

São Paulo - R$ 312,92 a arroba, contra R$ 309,67 a arroba em 18 de outubro, alta de 1%.
Goiás - R$ 309,29 a arroba, ante R$ 304,46 a arroba (+1,6%).
Minas Gerais - R$ 309,41 a arroba, contra R$ 304,41 a arroba (+1,64%).
Mato Grosso do Sul - R$ 312,16 a arroba, ante R$ 306,48 a arroba (+1,85%).
Mato Grosso - R$ 298,18 a arroba, ante R$ 292,64 a arroba (+1,89%).
Exportações

Em relação a outubro de 2023, houve alta de 42,3% no valor médio diário da exportação, ganho de 42,1% na quantidade média diária exportada e avanço de 0,1% no preço médio.

“A dinâmica das exportações permanece muito aquecida neste momento, com o Brasil caminhando para um recorde histórico em termos de quantidade de produto exportado”, disse o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior, as exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 811,956 milhões em outubro (14 dias úteis), com média diária de US$ 57,996 milhões.

A quantidade total exportada pelo país chegou a 176,399 mil toneladas, com média diária de 12,599 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.603,00.

Atacado

No atacado, o viés ainda é de elevação de preços para a carne bovina no curto prazo.

Por outro lado, é importante mencionar que a carne de frango segue ganhando competitividade no mercado doméstico, em especial com o recente movimento de alta deflagrado pela carne bovina nos últimos dias.

"O consumidor brasileiro segue incapaz de absorver novos reajustes da carne bovina", assinalou Iglesias.

redação com Cepea a Agência Safras | Agrofy News