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Após graves denúncias, trabalhadores da JBS pedem melhores condições de trabalho em Sidrolândia

Após graves denúncias, trabalhadores da JBS pedem melhores condições de trabalho em Sidrolândia

Trabalhadores do frigorífico da JBS do município de Sidrolândia, a 68 quilômetros de Campo Grande, realizam na noite desta quinta-feira (16), uma manifestação, que tem como objetivo reivindicar melhores condições de trabalho e abordar a troca do segundo e do terceiro turno da empresa, que atualmente é de aproximadamente mil pessoas.

Recentemente, a CUT (Central Únicas dos trabalhadores de Mato Grosso do Sul) recebeu denúncias diversas de situações de trabalho degradante, ritmo extenuante de trabalho, assédio moral, entre outros.

O SINDAVES (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Carnes e Aves de Sidrolândia) colheu diversas queixas trabalhistas graves da categoria, como a presença de larvas na comida oferecida aos funcionários, vermes no piso do vestuário feminino, ônibus de transporte dos trabalhadores superlotado, entre outros.

Imagens encaminhadas ao sindicato gravadas na unidade da JBS, demonstram a gravidade do problema.

“Já não basta o ritmo de trabalho que está acima do normal, tem várias reclamações do trabalhador, a questão da sujeira, larvas na comida, tem o ônibus lotado, gente sentando em cima do painel do motorista para ir ao trabalho” disse Joel Santos da Cruz, Presidente do SINDAVES. Segundo Joel, o sindicato fez vários ofícios para a empresa, “mas eles não respondem os documentos e a reunião mensal para tratar dos problemas no trabalho não resolvem nada” afirmou.

Sergio Bolzan, Vice-Presidente do SINDAVES, afirmou que “primeiro foi a alimentação, encontraram coró [larvas] no alimento servido no refeitório, agora chegou essa denúncia, como o pessoal diz, uma tropa de coró andando no vestuário feminino, perto das roupas”.

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Bolzan reforça que nos últimos 90 dias, já são 4 casos graves, sendo que dois deles se transformaram em denúncias no Ministério Público do Trabalho e que os demais casos serão devidamente encaminhados ao Ministério Público do Trabalho.

“Com o aumento do ritmo de trabalho veio o assédio moral, se o trabalhador adoece e tem atestado médico, ele perde o KIT, se ele deixa passar monte de coxa de frango na linha, ele recebe reclamação, tem denúncia de que o trabalhador é chamado para compensar o atestado, daí o trabalhador vai fazer hora extra no frigorífico” disse Bolzan.


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