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Agronegócio

Agricultores de MS reduzem presença da cigarrinha na segunda safra de milho

Produtores afirmam que cautela segue uma vez que o inseto é vetor de patógenos que prejudicam o desempenho das plantas

A segunda safra de milho em Mato Grosso do Sul vem apresentando bom desenvolvimento. Boa parte dos milharais está em período reprodutivo, fase em que os produtores redobram os cuidados quanto a cigarrinha do milho, inseto transmissor de patógenos que prejudicam o desempenho das plantas que nos últimos anos tem tirado o sono dos agricultores.

Segundo a Embrapa, a infestação da cigarrinha pode comprometer em 70% a produtividade do cereal se não for controlada inicialmente.

Na segunda safra do ano passado, o ataque da praga em Mato Grosso do Sul foi 32% superior em relação ao ciclo 2020/21. O que fez os produtores redobrarem a atenção nesta temporada.

“Eu acredito que o maior erro o ano passado foi que a gente não tinha experiência com a praga. Você não tinha produto em mãos e não sabia o que funcionava para a cigarrinha com o efeito desejado”, comenta o produtor de Sidrolândia, Carlos Straliotto.

Acometimento da planta é analisado na parte área
De acordo com o engenheiro agrônomo Jean Michel, a primeira análise a ser feita para reconhecer uma planta afetada pela cigarrinha é na parte área da mesma.

“Começa da borda da planta indo para o centro. Uma morte do topo para a base e o pior caso que tem é o dano já na espiga, onde a gente não tem o desenvolvimento da espiga conforme o desejado”, explica o agrônomo.

Com mais experiência nesta safra quanto a cigarrinha, o agricultor Carlos Straliotto já consegue identificar uma planta comprometida pelo inseto.

“Você vê uma planta sadia ao lado e essa totalmente comprometida. A planta está em fase de secamento, está amarela e com o colmo já totalmente comprometido”.

O engenheiro agrônomo Jean Michel frisa que o colmo da planta comprometido acarreta em sua queda, impactando diretamente na produtividade. De acordo com ele, para um bom manejo é preciso somar estratégias, aliando o monitoramento com o uso de defensivos que atendas a demanda, além da adoção de cultivares mais precoces visando diminuir o tempo de exposição à praga.

O olhar mais atento dos agricultores e a adoção de ações preventivas contra a cigarrinha do milho, tem dado resultado positivo nesta safra. Conforme o Siga-MS, boletim semanal da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS) em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e o governo do estado, as infestações nesta safra 2022/23 seguem controladas e com baixo nível em todas as regiões.

 
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