A produção de açúcar na principal região produtora do Brasil, a região centro-sul, está projetada para atingir um marco histórico na temporada 2024/25, alcançando a impressionante marca de 43,1 milhões de toneladas métricas, de acordo com a consultoria Datagro. Essa projeção surpreendente vem mesmo diante da perspectiva de uma oferta menor na safra de cana-de-açúcar.

No ciclo anterior (2023/24), a região já havia registrado um recorde, produzindo 42,23 milhões de toneladas métricas de açúcar. Apesar de uma correção nos preços do açúcar recentemente, o produto ainda oferece retornos mais atrativos em comparação com o etanol. Essa realidade leva a Datagro a prever que 52,4% da safra de cana na temporada 2024/25 será destinada à produção de açúcar, um aumento em relação aos 49% observados no ciclo anterior.

A preferência pela produção de açúcar ao invés de etanol é impulsionada pelos retornos mais robustos do adoçante, mesmo após ajustes nos preços. Esta escolha estratégica na alocação da safra de cana reflete não apenas as condições de mercado, mas também as dinâmicas econômicas em jogo. A produção de etanol de cana, portanto, poderá experimentar uma queda, projetando-se para 31 mil milhões de litros na temporada 2024/25, em comparação aos 32,96 mil milhões de litros no ano anterior.

Entretanto, a produção de etanol de milho, uma alternativa que ganha espaço no cenário energético brasileiro, pode apresentar um aumento significativo. A Datagro estima que a produção de etanol de milho alcance os 7 mil milhões de litros na temporada 2024/25, em comparação aos 5,9 mil milhões de litros do ano anterior.