Agronegócio
23ª Expodireto Cotrijal destaca o enfrentamento da estiagem no RS
Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro afirmou que o governo federal avalia a estruturação de polÃticas públicas
Começou nesta segunda-feira (6), em Não-Me-Toque RS), uma das feiras mais tradicionais do circuito agro brasileiro, a 23ª edição da Expodireto Cotrijal. O objetivo da organização, a cooperativa agroindustrial Cotrijal, é estabelecer conexão entre produtores rurais, empresas, instituições de pesquisa e financeiras e desenvolvedores de tecnologia.
Em 2023, a feira reúne 591 expositores, que apresentam aos visitantes lançamentos e tendências para o agronegócio, novas tecnologias e soluções nos diversos segmentos para reduzir os efeitos da seca. A crise hídrica que afeta mais uma vez a safra gaúcha é o destaque deste ano na programação de debates.
A agenda conta com palestras e fóruns que abordam temas como:
Cenário atual da cadeia produtiva de grãos;
Prejuízos no ciclo em andamento;
Altos custos de produção;
Mercado interno e externo;
Status sanitário;
Políticas públicas para a estiagem; e
Perspectivas para a próxima temporada.
Em relação aos impactos da atual estiagem nas lavouras do Rio Grande do Sul, a Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL) apresentou um levantamento no qual a estimativa de perdas geradas pela estiagem no ciclo 2022/23 chega a R $28,38 bilhões somente no complexo soja (grão, farelo e óleo).
Autoridades marcam presença na abertura da 23ª Expodireto Cotrijal
A abertura oficial da 23ª Expodireto Cotrijal contou com a presença de autoridades dos governos federal e estadual. Na ocasião, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, confirmou a continuidade das ações de apoio ao Rio Grande do Sul no enfrentamento às sucessivas secas. Ele falou em repactuação de dívidas, novas linhas de crédito e equalização de taxas de juros.
“Que o Banco Central também se sensibilize, tecnicamente, na redução de taxas de juros para que nós possamos oferecer linhas de crédito mais atrativas” — Carlos Fávaro
“Precisamos avançar com medidas estruturantes, como alongamento de dívidas, com a continuidade de investimentos, com as linhas de crédito para irrigação”, afirmou o ministro. “[Investimentos] a partir de compromisso fiscal demonstrado pelas atitudes do ministro Fernando Haddad. E que o Banco Central também se sensibilize, tecnicamente, na redução de taxas de juros para que nós possamos oferecer linhas de crédito mais atrativas para enfrentar crises como essas do Rio Grande do Sul”.
Conforme registrado anteriormente pelo site do Canal Rural, Fávaro afirmou que o governo federal não vai compactuar com invasões de terras produtivas. “O movimento sem terra é um movimento legítimo, mas desde que respeite o direito à propriedade. Agora, invasão de terra produtiva deve ser abominada e assim será”, enfatizou o aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, avaliou que o diálogo e interação com o governo federal estão fluindo. Ele apontou que outras demandas emergenciais já foram registradas junto ao Mapa em decorrência da estiagem. No fim de semana, o governo federal anunciou o repasse de R$ 701 mil para municípios gaúchos.
“Quando a gente olha no curtíssimo prazo há uma preocupação de muitos produtores sobre a capacidade de cumprir com compromissos em função da frustração das suas lavouras”, disse Leite. “Quando a gente olha no médio e no longo prazo, a gente identifica a necessidade não de apenas direcionar recursos para a irrigação, mas também [de cuidarmos] das normas e regulações em relação à reservação de água”, complementou o governador gaúcho.
A 23ª Expodireto Cotrijal de segue até sexta-feira (10), com programação das 8h às 18h.
Editado por: Anderson Scardoelli.
Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
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