Nesta semana, a TF Agroeconômica recomendou a seus clientes vender o estoque físico de milho restante e converter a posição comprada em contratos na B3, para aproveitar eventuais altas futuras. Essa estratégia oferece duas vantagens principais: transformar o milho em capital que pode ser investido para gerar retorno financeiro e permanecer no mercado para capturar possíveis aumentos de preço por meio de uma posição PUT. Essa recomendação é embasada na análise detalhada de fatores que influenciam o mercado de milho.

Nos Estados Unidos, as exportações de milho superaram em 38% o volume do ano anterior, alcançando 55,936 milhões de toneladas métricas (MTM), conforme os dados do Weekly Export Sales. Embora a projeção do USDA indique um ritmo ligeiramente abaixo da média, as vendas futuras da nova safra apresentam um aumento de 7,8% em relação ao ano passado. Além disso, o ProFarmer Crop Tour estimou rendimentos mais baixos do que o esperado em estados como Iowa e Minnesota, sugerindo que a produção total dos EUA poderá ficar abaixo das expectativas do USDA.

No Brasil, enquanto a abundante oferta de milho, impulsionada pela conclusão da colheita da safrinha, continua pressionando os preços para baixo, a disputa entre as indústrias de carnes e exportadores pode reverter essa tendência. Com o aumento dos preços das carnes, espera-se que o mercado de milho tenha um suporte nos preços nas próximas semanas. Contudo, a elevação da posição vendida pelos fundos de investimento e a recente compra de milho pela Coreia do Sul, que optou por fornecedores sul-americanos em vez dos EUA, são fatores que também pressionam o mercado.

Portanto, apesar das pressões baixistas, a estratégia sugerida pela TF Agroeconômica permite que os produtores aproveitem as oportunidades de mercado, equilibrando a venda física com a manutenção de uma presença ativa no mercado financeiro, garantindo flexibilidade e potencial para capturar ganhos futuros.

Agrolink - Leonardo Gottems
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