Agronegócio
Como está o mercado de trigo?
Em Santa Catarina o cenário é semelhante
De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo apresentou retração nos preços, impactando diversas regiões do Sul do Brasil. No Rio Grande do Sul, os preços do trigo argentino recuaram US$ 2/t na origem, juntamente com uma redução de outros US$ 2/t nos custos de frete marítimo, o que, somado à queda do dólar, aumentou a competitividade do trigo argentino entre os compradores locais.
Apesar dessa melhoria nos preços, o mercado local segue apático, com moinhos bem abastecidos e aguardando o fim do mês para retomar as compras, enquanto reclamam das margens apertadas na moagem. Como solução, a TF Agroeconômica sugere o uso do mercado futuro como estratégia para contornar as dificuldades.
Em Santa Catarina o cenário é semelhante, com os moinhos locais alongando seus estoques devido à falta de demanda e à baixa viabilidade econômica das farinhas. Muitos moinhos estão se abastecendo de trigo do Rio Grande do Sul, o mais acessível no momento, e esperam complementar os estoques com a nova safra do Paraná e do próprio Rio Grande do Sul. A demanda fraca e os preços baixos oferecidos pelos compradores têm pressionado os custos de produção dos moinhos, que também poderiam ter recorrido ao mercado futuro nos meses anteriores para minimizar as perdas.
No Paraná, o mercado de trigo permanece lento, com os compradores de safra antiga indicando preços em torno de R$ 1.650,00 posto moinho, com alguns negócios pontuais sendo fechados a R$ 1.700,00. Há poucas ofertas de trigo antigo, e o trigo argentino é cotado a US$ 320/t no porto de Paranaguá. As boas chuvas beneficiam os trigos nos Campos Gerais, embora as geadas previstas para a semana possam impactar negativamente o desenvolvimento das lavouras.
Página:
https://portalghf.com.br/noticia/agronegcio/2024/08/16/-como-est-o-mercado-de-trigo/20971.html