Boi gordo sofre com oscilação e suinocultura com a alta do milho

Mercado bovino segue estável, enquanto custos pressionam produção de suínos

Boi gordo sofre com oscilação e suinocultura com a alta do milho
Ilustrativa

O mercado pecuário brasileiro tem apresentado movimentações diferentes para os segmentos de bovinos e suínos. Enquanto os preços do boi gordo, da carne e da reposição seguem oscilando dentro de um intervalo estável, o setor suinícola enfrenta desafios crescentes devido à forte valorização do milho, principal insumo da atividade.

De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o volume ofertado de boi gordo não é expressivo, mas tem sido suficiente para atender à demanda, garantindo estabilidade nas cotações desde novembro. No atacado da Grande São Paulo, os cortes com osso acumulam queda inferior a 1% desde 24 de fevereiro, comportamento similar ao do Indicador CEPEA/ESALQ para o boi gordo. O mercado de reposição também segue estável, com o preço do bezerro mantendo-se inalterado desde o ajuste observado no final de 2024.

Fonte: Criado com IA

Já a suinocultura nacional tem sido impactada pelos consecutivos aumentos nos preços do milho. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa para o cereal em Campinas (SP) registra alta acumulada de 24% até 18 de março, com a saca de 60 kg ultrapassando os R$ 90, valor não visto desde abril de 2022. Segundo o Cepea, essa valorização reflete a combinação de estoques reduzidos e demanda aquecida. Enquanto isso, os preços do suíno vivo estão em queda, pressionados pela oferta de animais acima da demanda dos frigoríficos.

O cenário reforça a necessidade de monitoramento dos custos na suinocultura, uma vez que a alta do milho compromete a rentabilidade dos produtores. Para a pecuária de corte, a estabilidade indica um momento de equilíbrio entre oferta e demanda, sem grandes oscilações no curto prazo.

Fonte  FeedFood.

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