Aprosoja MT denuncia desmatamento por trading signatária da Moratória da Soja
Aprosoja MT denuncia desmatamento por trading signatária da Moratória da Soja

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) confirmou que a trading Cargill, signatária da Moratória da Soja, realizou desmatamento de vegetação nativa, incluindo área de mata ciliar, às margens do Rio Madeira, em 2022. A denúncia, recebida pela entidade, foi investigada e teve sua veracidade constatada.
Apesar de a ação ter sido conduzida dentro da legalidade, com as devidas autorizações ambientais, a Aprosoja MT questiona a discrepância na aplicação dos critérios da Moratória da Soja. O acordo, criado para barrar a comercialização de soja em áreas desmatadas após 2008, impede produtores rurais de venderem sua produção mesmo quando atuam dentro das normas do Código Florestal Brasileiro, enquanto grandes empresas signatárias seguem operando sem as mesmas restrições.
“Esse caso evidencia a necessidade de garantir um ambiente de negócios isonômico e transparente. A Moratória da Soja, na prática, cria barreiras para produtores que atuam de forma legal, enquanto grandes tradings seguem com suas operações normalmente, mesmo quando realizam conversões de áreas nativas”, afirmou a Aprosoja MT.
A entidade defende que as operações comerciais sigam rigorosamente a legislação ambiental nacional, sem a imposição de restrições que geram distorções no mercado e favorecem determinadas empresas. Para a Aprosoja MT, acordos como a Moratória da Soja podem ser caracterizados como greenwashing, ou seja, estratégias que aparentam compromisso ambiental, mas não são aplicadas de maneira justa e equilibrada.
A associação seguirá monitorando a ocupação do solo em áreas industriais e produtivas vinculadas a grandes grupos do setor, buscando um ambiente comercial mais transparente e previsível para todos os agentes da cadeia produtiva.
Fonte:Agro+
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