Cargill conclui aquisição da SJC e reforça aposta em renováveis
Multinacional passa a controlar 100

A multinacional Cargill anunciou nesta quarta-feira (16/4) a conclusão da aquisição dos 50% restantes da SJC Bioenergia, passando a deter controle total da companhia, que agora passa a se chamar Cargill Bioenergia.
A operação marca a entrada definitiva da empresa no setor de etanol de cana-de-açúcar e milho, reforçando sua atuação em energias renováveis no Brasil.
Com isso, a Cargill passa a ter o controle total da antiga Usina São João, consolidando sua presença estratégica no mercado de bioenergia. Os valores envolvidos na aquisição não foram divulgados
A aquisição faz parte de um plano de expansão da companhia, que prevê elevar o volume de cana-de-açúcar processada para 11,5 milhões de toneladas por safra até o final do ano fiscal de 2030. Além da cana, as instalações também processam etanol de milho.
As instalações industriais mantêm duas unidades em Quirinópolis e Cachoeira Dourada, em Goiás, com capacidade atual para processar 9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e 2 milhões de toneladas equivalentes de milho.
Juntas, as plantas empregam 4,5 mil funcionários e produzem açúcar bruto, etanol hidratado e anidro, óleo de milho, grãos secos de destilaria (DDGs) com alto teor de proteína, além de energia elétrica.
Histórico
Fundada em 2006 como Usina São João, a empresa foi transformada em 2011 numa joint venture entre a Cargill e a NK 152 Empreendimentos.
Desde então, operava sob o nome de SJC Bioenergia, mas enfrentou dificuldades devido a oscilações no mercado de etanol e mudanças nas políticas públicas do setor.
Agora, com a totalidade das ações sob controle da Cargill, a expectativa é de fortalecimento das operações e consolidação da estratégia de longo prazo da empresa na área de bioenergia.
“Consolidar o controle da companhia é um reconhecimento ao potencial e aos resultados alcançados, além de uma oportunidade de alavancar sinergias com as operações já existentes da Cargill”, afirmou Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil e do Negócio Agrícola na América Latina.
Até então, a produção de biocombustíveis da Cargill estava concentrada no processamento de soja. Com a nova aquisição, a empresa diversifica sua matriz energética e passa a atuar diretamente também na produção de etanol a partir de cana e milho.
“A produção de energia obtida a partir de matérias-primas de baixo carbono se alinha à estratégia da empresa de alimentar o mundo de forma segura, responsável e sustentável, contribuindo tanto com a produção como com o transporte dos produtos”, declarou a companhia em nota.
Por redação | Agrofy News
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