Milho safrinha corre perigo?

Publicado no dia 23/04/2024 às 16h03min
A principal ameaça à cultura é a cigarrinha-do-milho

A Conab revisou para baixo a projeção da colheita de milho de segunda safra em 2024, reduzindo em 1,8 milhão de toneladas para 85,6 milhões de toneladas, devido a problemas climáticos no Centro-Oeste e no Sul do Brasil. O relatório destaca que o Mato Grosso do Sul e o Paraná foram especialmente afetados pela redução das chuvas, resultando em estresse hídrico nas plantações. No entanto, o Inmet prevê temperaturas acima da média e chuvas ligeiramente mais intensas para o restante do outono nesses estados.

“Com nível satisfatório de umidade do solo, esse cenário climático pode favorecer a safrinha até a conclusão do ciclo agrícola. Contudo, há desafios fitossanitários a enfrentar no período, em especial os insetos, uma vez que altas temperaturas combinadas com umidade criam condições ideais para a proliferação de pragas, aumentando o risco de infestações nas lavouras”, comenta Leandro Valerim, engenheiro agrônomo, mestre em fitotecnia pela Universidade de São Paulo (USP) e gerente de inseticidas da UPL Brasil.

A principal ameaça à cultura do milho é a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis). Além de se alimentar da planta, essa praga transmite micro-organismos causadores do enfezamento, o que pode resultar em uma redução de até 70% na produção de milho, de acordo com informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A incidência da cigarrinha é alarmante, com um aumento de 177% em apenas dois anos, conforme dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg).

“Como líder em inseticidas para o milho (conforme atestado por pesquisa da Kynetec referente à safra 2022/2023), a UPL tem se empenhado em desenvolver soluções eficazes para apoiar os agricultores no enfrentamento desses inimigos, que comprometem a produtividade. Sempre com base científica, estamos combinando moléculas e testando novas opções de alta performance”, explica.

O inseticida Feroce, desenvolvido pela UPL, conta com a tecnologia exclusiva Blast, criada nos laboratórios da empresa. “Nossas equipes selecionaram dois ingredientes ativos contra insetos sugadores e criaram um produto único e de alta qualidade, com choque extremo e diferencial de performance nunca antes visto no mercado. São ações como essa que efetivamente fazem a diferença no campo e contribuem para a rentabilidade do agricultor, bem como para uma produção de alimentos cada vez melhor e mais pujante para a população, em que pese os desafios – sejam climáticos ou fitossanitários”, conclui.

AGROLINK - Leonardo Gottems
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Fonte: Agrolink